terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dizendo


Decepção não mata mas engorda, é assim o dito popular? Bem, acredito que não vá morrer por isso. Engordar também não, já que na maioria das vezes a comida é um bolo insípido que vai rasgando minha garganta. Depois, como é minha tendência, engordo assim mesmo. Mas, o momento  é de me cuidar ainda mais , caso contrário adoeço.

Ando decepcionada e cheia de sorrisos amarelos, e olha que cuido bem dos meus dentes. Sem precisar furtar a marca de ninguém. Entendedores, entenderão. Tô ácida. As respostas mais rápidas que o usual. Talvez pela dinâmica da leitura, que caminha a passos largos como há muito não acontecia, talvez porquê finalmente estou ficando cínica. Tenho a casca dura, geralmente não me deixo contaminar pelo comportamento maléfico de outrem, mas... Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura

O que me salva é minha temperança, não tanto pela moderação dos desejos, mas pelo meu equilíbrio. Tenho treinado muito, ao longo dos anos. Me desequilibro, mas logo , logo me ponho no prumo. Tenho que manter a minha fama de mulher forte e firme. Mesmo sendo mulher frágil e cheia de dengo. Quanto aos desejos , esses tenho vários, me controlo. Tenho que fazê-lo. Se assim não fosse, já tinha dado uns socos em muitos que encontro pelo caminho. E meu desejo de gritar muitas coisas? Ah, esse é enorme. Eu falo baixinho, ainda bem. E nesses últimos dias,minha voz quase nem sai. Deus é maravilhoso. Quem grita perde a razão.

Deus é tão bom que me deu um coração meio maluco. Só pode ser essa explicação. Tenho buscado em oração motivos para eu amar como eu amo. E a confirmação vem ondas. É amor mesmo, e um amor que nem eu entendo: maluco. Gente do céu, só pode ser isso. Minha medicação é a voz dele, ah, que gostoso. Ver o sorriso dele me deixa calma, mesmo que seja em uma foto antiga. Lembrar de suas mãos, hum... Isso é melhor não contar aqui.  Vai que algum desavisado lê? Amo muito. E tenho fé, e espero, e oro de novo. Ah, deixa isso quieto! De médico e louco, todo mundo tem um pouco.

Muitas vezes tenho a impressão que estou em um filme de Woody Allen, aqueles bem malucos , com uns personagens indecisos sobre a própria existência. Não é o meu caso. Sei bem que minha vida tem propósito, mas encontro alguns coadjuvantes que se enquadram direitinho em um filme dele. Eu que amo a simplicidade e nem gosto tanto assim do Allan. Mas , tenho sorte. Sempre encontro gente insegura, inquieta e até meio neurótica, tipicamente woodylianas ( inventei isso agora,rs,,). A vida imita a arte, ou seria o contrário? Quero mais é voltar a sorrir meu riso alegre. Quem ri por último....

Cansei, depois venho aqui de novo. 



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