segunda-feira, 10 de junho de 2013

Como?

Ela vira o céu daquele dia e pensara: " o que será que devo fazer?" Talvez não devesse fazer nada e somente esperar que acontecesse. É, esperar talvez seja o mais sábio em um momento de tanta ansiedade e dor.
Ela não quer a solidão de noites insones e dias tão longos como o inverno do polo norte. Quer o calor de braços fortes e sorriso largo. Mas, o seu querer terá algum valor? Talvez não.
O seu estomago tem consistência frágil  e as dores se espalham por seu corpo que nem fogo em carvão novo, que queima rápido, e não é bom. Contudo, as dores vão passar, a fragilidade estomacal também. O que não passa mesmo é a saudade.
Saudade de dias alegres e noites embaladas por conversas inteligentes e interessantes. Ela não esquece. Deveria? Ela não quer porque ele é parte dela. Ele lhe veio como um presente de Deus, de repente, lhe cuidando, lhe beijando o rosto devagarinho, ele que é para sempre no coração dela. É, ele é seu presente. 
A saudade que lhe consome as noites, bate com força em seu pensar e caminhar diários como uma cantiga daquelas que não saem da cabeça, nem que você queira.
Parece que tudo conspira para lhe lembrar de tudo. Uma música no rádio, que fala de um jeito único de ser, do sorriso e das manias dela. Uma moto que tem nome de besouro, um post novo no blogue. Macarrão improvisado, um vinho  de uvas de colheita tardia.
Algo tem que ser mais forte que a falta que ela sente. Suas orações são cada dia mais coesas, e a fortalecem. Sim! Suas orações tem de ser mais fortes que a falta.
O céu continua a fitá-la. Ela não sabe o que responder a tanta indagação. A tanto questionamento nulo. Ela não sabe. Ela só sabe que gosta daqueles cuidados tão seus. Daquele dormir no ombro dele, das risadas bobas dadas por ambos. Das saídas de manhã cedo para comprar frutas e legumes , ou tomar café em uma banquinha de feira. Ela sabe que gosta dele.  Da poesia que emana de suas noites e escritos compartilhados. Do café feito pela manhã ou na tardinha antes de um filme qualquer. Ela gosta de tanta coisa que neste post não cabe dizê-las todas. Ela ama! É verdade, ama . Ama com profundidade e certeza. Com fidelidade e razão. Ela sabe dos acontecimentos, mas tem esperança. Deus lhe dá o tom da espera e a coerência de saber que tudo isso ainda será motivo de risos. O coração dela perdoa. Sabe e quer deixar pra lá. Se sente mais humana com isso. Até sorri. O coração acredita. Ela crê.  Ela ama!



"Se meu amor por você fosse sol, seria aqueles de domingo, bem intensos; Se meu amor por você fosse chuva, seriam aquelas intermináveis do inverno paulistano; Se meu amor por você fosse pipoca seria aquela feita de azeite de coco, nos parques mambembes de são luís; Se meu amor por você fosse pouco, não seria meu amor por você."

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