quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Porque falamos em chuva...

Madrugada, meu acordar pontual às três e meia da manhã. Uma falta de sono, uma oração e uma grande e bela surpresa:  está chovendo. Uma chuvinha tímida, calada, linda. Chuva que me remete há dois dias, que me remete a um banho a dois, um quintal lavado, um cachorrinho com frio e a noites agarradinhas. Chuva que me faz feliz porque me lembra o som da tua voz sussurrando, me dizendo segredos de liquidificador como diria Cazuza. Palavras que às vezes nem entendia, bêbada de sono, mas quem se importa? Quem se importa se tua presença já me basta.  Porque :

É bom estar com você;
É como uma alegria, que é forte sem ser eufórica;
É como paz, que nem bem se sabe definir, porém é clara;
É como o silêncio que permite a escolha de um som;
É como você mesmo que ora é longe e é o meu próprio pensamento, e ora é perto e é o meu caminho.

Agora viver, é-me também te colocar no meu perfume, na roupa que uso, na minha agenda, nas minhas noites, nas músicas que escuto, nas minhas e nos meu diversos, diversos...
Ah, vida louca, por que não abdicarmos de te levar tão a sério? E assim tentar viver-te,  apenas viver-te?
E por assim sentir e quando olho a chuva caindo lá fora, sinto mais ainda a tua falta, mas tenho alegria no coração porque sei que essa não é uma falta só minha. 

E por assim dizer, sei que o medo existe, mas porque ter  medo de tudo que me tem renovado?  E se o medo insistir de quando em quando? Mas, quem é o medo diante do que me é tão bom? E o sorriso ele não é mais belo que o medo? Sorrio, olhando os pingos que escorrem pela vidraça, que molham minhas samambaias tão saudosas e vivas  quanto eu.

E por assim sentir, diria que  um milhão de coisas já não me assustam, mas estão na órbita do meu pensamento. Como um movimento contínuo, entre o pensamento e o desejo, você está presente, como a chuva caindo lá fora :  doce, alegre e muito bem vinda.


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