terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sete de Setembro


Dia de civismo, mas também de feriado, ai que coisa boa ! Aproveitei para fugir da cidade, dos congestionamentos e fui ao sítio da mamãe e do papai. Apesar do luto existente e recente na minha família, resolvemos nos reunir para comer algo diferente, para sair da turbulência urbana, sentir os ares do campo e ficar de pernas para cima.

O sítio de Mamãe é um lugar sem pretensões luxuosas, sem grandes arranjos , mas com uma aura de amor enorme. Tem fruteiras, tem galinhas, patos, cachorros, pintinhos, ervas medicinais, balanço na mangueira, fogão a lenha e comida simples. Tem risos soltos o dia inteiro, tem rede pra descansar e piadas para contar.

Por vezes, digo que não gosto de ir para lá porque como demais. Mas, de vez em quando dá para fazer essas extravagâncias. Quando chego procuro logo manga no pé para comer, me lambuzo toda. Desta vez não encontrei. Comi caju e acerola colhidos ali mesmo. Comi ovo caipira, aliás farofa de ovo. Comi também galinha caipira e um cozido feito pela minha Mamy. Cozido com quiabo e abobora amarelinha. Ai, uma delícia! À tarde é de praxe: café com bolo de tapioca. Bolo feito pelo meu pai que não economiza na manteira, engordo mais uns quilos. Dá sono, vou para rede de novo. Me sinto enorme a essas alturas. Tenho que parar de comer. Contudo, não é somente a comida que me induz ao ócio e ao sentimento de culpa por estar me sentindo mais "pesada", é o próprio clima do local. A vida campestre é sinônimo de preguicinha boa, de estórias longas, risadas límpidas e vontade de dormir a toda a hora, além de querer ficar agarradinha com aquele que faz meu coração saltar pela boca a todo instante.


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