quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ipsis litteris, Ipsis verbis

Naquela noite de sábado, ela foi dormir com um sorriso diferente nos lábios. E nos olhos. Enroscada nele, o braço dormente, as plantas dos pés acopladas uma na outra. Suor, o som da televisão ligada. Quem se importa? Eles queriam assim. Eles gostam assim.
Acordou, no domingo, cantarolando uma música idiota, beijando o espelho do banheiro enquanto escovava os dentes, dançando, falando sozinha, com um andar diferente, feito uma boba. Pobre menina, não cabia em si de tanta felicidade, pudera, ele é o grande amor de sua vida. Ele deitado na cama dela, relaxado, sorriso lindo, todo dela. Esperando por ela de braços abertos e coração quente. Beijos doces e cheios de memórias selam mais uma vez as promessas ditas por olhos e hálitos misturados.
As palavras não são necessárias. Ela olha para ele por horas Sorrindo, um sorriso bobo como ele mesmo dissera. Um sorriso de extrema alegria por estar olhando ele ali, tão ao alcance dela. Boba não seria a palavra, extasiada talvez. 
Um passeio veloz pela manhã de domingo, vento no rosto, pingos de chuva e lágrimas se misturam. Eles agarradinhos, mais uma vez, para toda vida. Sentados a beira mar. Navios ancorados ao longe. Pessoas indo e vindo. Fotos de sorrisos e beijos. O amor deles se expandindo em abraços, suspiros e querer mais.Tal e qual ela deseja, tal e qual ele deseja. Ipsis litteris, Ipsis verbis.





*Litorânea, domingo, 15 de julho, de manhã cedinho.

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